quinta-feira, 25 de junho de 2009

Barras Cuffed






Preparem-se para arregaçar as mangas! ops...quero dizer, as pernas das calças.
A nova mania que vêm aparecendo nas passarelas dos desfiles masculinos é a barra da calça dobrada. Algumas marcas o fizeram de forma bem descolada num estilo street, como a Diesel, por exemplo, mas até nos jeans mais sóbrios as cuffed aparecem há pelo menos duas temporadas.
Daqui a pouco está pegando por aqui! Já apareceu no desfile da Colcci na SPFW.
Para os mais moderninhos, vale a pena arriscar.

Amanda

imagens: usefashion e chic.com.br

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Tradição x Juventude


Uma das tendências deste inverno é a mistura dos estilos formal e esportivo. Para compor um look despojado são propostas peças que lembram a alfaiataria em sua estrutura, porém com tecidos descolados e um toque especial de jovialidade, como é o caso do blazer em canvas com um falso hoodie (moletom com capuz) por dentro, disponível nas lojas.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Moda da India

Não é só da novela Caminho das Indias que surgem as influências da cultura indiana. O cinema também consagra o segundo país mais populoso do mundo com a produção "Quem quer ser um milionário" superpremiada com 8 oscars, inclusive o de melhor filme. Os interesses políticos e econômicos ocidentais também voltam os olhares ao país com uma das economias com mais rápido crescimento do mundo, apesar dos altos índices de pobreza. Não por acaso as semanas de moda já vêm mostrando a influência da rica cultura indiana nas coleções de masculino. Cores quentes, detalhes exuberantes, túnicas, as calças sarouel ou jodhpur, elementos que compõem uma mistura entre oriente e ocidente, tal como mostra o figurino dos personagens Raj e Bahuan que vivem esse conflito de culturas na trama das oito.
Algumas coleções internacionais de Verão 2010, mostram a influência da indumentária indiana de forma explícita e praticamente literal, como as de Kenzo e Armani.


Hare Baba! A Umen não podia ficar por fora desta tendência e prepara já para o Inverno 2009 uma coleção de batas com um toque de requinte que sugere um homem globalizado, que pode estar entre o ocidente e o oriente sempre bem vestido.

Amanda.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Milk - A voz da igualdade






















A verídica história do ativista gay Harvey Milk, que após despertar de um silêncio interior torna-se líder da causa gay em São Francisco, chegando a ser o primeiro homossexual assumido eleito para um cargo público nos Estados Unidos, é realmente comovente. Não só pela determinação e coragem admiráveis do seu protagonista, que dá nome ao filme, vivido brilhantemente por Sean Penn (eita, estatueta merecida!). Mas também pelo exemplo humanitário de um homem sensível que é discriminado e humilhado por sua orientação sexual e, que apesar disso, nos revela sutilmente, e até independente de sua causa, a sua defesa em primeiro lugar à vida.
O filme se passa em 1970 quando Harvey vivia em Nova York e trabalhava em uma empresa de seguros, frustrado por não poder assumir sua opção sexual resolve, então, se mudar para São Francisco com o namorado Scott. Lá eles abrem uma loja de fotografia que mais tarde tornou-se a base da causa gay na cidade. Após ter conquistado a liderança na defesa dos direitos dos homossexuais, o ativista candidatou-se ao posto de supervisor da cidade, e em 1977 na quarta tentativa, ele consegue se candidatar.


Numa batalha intensa contra o preconceito, encontra sua principal oponente, a popular cantora e religiosa Anita Bryant, pregadora de um Deus cruel com uma mensagem obviamente contrária a tudo que pode-se imaginar de Deus, visto que, com certeza Ele não estaria perpetuando o ódio e o preconceito em defesa de seus interesses. Anita defende a Proposition 6 que visava acabar com os direitos dos homossexuais, inclusive o de trabalhar como professor em uma escola, chegando ao absurdo de sugerir que estes estariam recrutando crianças ao homossexualismo, pois "homossexuais não podem se reproduzir".
Apesar de toda a beleza do filme e de sua mensagem, duas razões me fizeram postar sobre ele. A primeira é o figurino, incrivelmente competente e, melhor, masculino!!! Não é toda hora que se vê um figurino masculino em destaque. Para aqueles que ficam perdidos quando ouvem dizer: a tendência agora é os anos 70, vale a pena assistir.
Bastante fiel, mesmo porque o diretor utiliza de muitas imagens reais de arquivo, ele retrata não só a cultura gay, mas também toda a cultura americana da época. As calças boca de sino, os jeans, as estampas florais miúdas e os xadrezes nas camisas, trajes esportivos típicos dos anos 70, coletes, chapéus de cowboy, enfim, faz referências desde os hippies até os políticos, construindo com lucidez e autenticidade a personalidade de cada personagem. E, apesar do tema, em momento algum ele é estereotipado, nem as drags sofreram excessos além do que lhes é inerente, é claro.


A segunda razão, voltando agora ao tema, foi que depois de uns quinze minutos que o filme começou, e ele se inicia já com uma cena delicada de Harvey e seu namorado, vi um casal que estava sentado atrás de mim descer as escadas com um ar de indignação e, ainda, o ilustre senhor parou próximo à primeira fila e fez um sinal para a tela com a mão, como se dissesse: que absurdo! Na hora não consegui segurar os risos. Mas o pior é que me parece que mesmo 30 anos após conseguir derrubar a Proposition 6, Harvey ainda encontraria a intolerância aqui em São Paulo numa sala de cinema. Damn!


Outro fato interessante sobre o filme, que descobri pesquisando umas imagens para postar aqui, é que o ator que faz as dublagens de Sean Penn no Brasil, o também pastor evangélico Marco Ribeiro, recusou o trabalho. Por que será?? Segundo ele: "tenho a voz envolvida com outras questões."
Segue o link da reportagem: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u508371.shtml

Amanda

Inspiração

Está em exibição na Pinacoteca do estado de São Paulo a exposição Josef e Anni Albers - Viagens pela América Latina. Neste último sábado estive lá e tive a prazerosa oportunidade de conhecer este casal alemão, estudantes da Bauhaus, que mostram com magnitude o pioneirismo do modernismo nas artes no início do século XX. Além do estudo das formas geométricas e composição das cores maravilhosamente mostradas por Josef, que chegou a ser professor da Bauhaus, e mostra claramente as influências dessa escola, fiquei mesmo apaixonada pelos tecidos de Anni, que pode ser considerada precursora da tecelagem como manifestação artística.

A primeira obra, Wall Hanging, 1924, algodão e seda, tecida ainda na Bauhaus, mostra claramente a simetria e a rejeição de ornamentos defendidas pela escola, porém já demonstra a introdução de uma estrutura mais complexa na tecelagem com claras influências das culturas latinas, como o Uncus, espécie de túnica tecida por artesãos peruanos nos Andes, como explica a legenda da obra na exposição.
A partir daí as obras evidenciam as 14 viagens realizadas pelo casal percorrendo a América latina entre 1934 e 1967. Eles estiveram em Cuba, México, Peru e Chile, chegaram a passar vários meses trabalhando nestes países.

As formas, a estrutura, e, principalmente a interação das cores dos tecidos de Anni Albers formam belíssimas obras e, eu podia ver em cada uma delas uma peça de vestuário atual e super charmosa. Quem sabe não podemos reconhecer a beleza dos tecidos de Anni na próxima coleção de Verão da Umen? Fica a sugestão.
Vale a pena, para quem estiver em São Paulo, visitar a exposição.


As duas primeiras imagens das obras peguei no site www.albersfoundation.org, porque estava sem câmera e as que eu tirei do meu celular (como podem ver nas três últimas) ficaram péssimas.

Amanda

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Não é novidade que a moda caminha de acordo com o comportamento das pessoas, e é opinião minha que as pessoas não influenciam o ambiente onde vivem, mas sim são influenciadas por ele. Daí veio uma vontade particular de expressar uma de minhas referências, tendo em vista que não tenho formação alguma em moda.
Quem circula pelas ruas de São Paulo já está acostumado a conviver entre o cinza de uma grande metrópole contrastado às cores emergentes de obras feitas por artistas de rua, anônimos ou não. Não tenho interesse em discutir aqui a força ou influência do graffiti na moda, pois em minha modesta opinião isso já fica nítido na maioria das grandes coleções internacionais, sem contar marcas atualmente conceituadas que foram criadas por artistas de graffiti ou direcionadas a este segmento...Marc Ecko que o diga.
A capital paulista está hoje entre os principais pólos da arte de rua mundial, no entanto nos últimos anos algo bem contraditório vem me intrigando; A prefeitura paulistana vem apagando com frequência trabalhos de diversos grafiteiros, alguns são apagados horas depois de prontos. Esse apagão cinza baseia-se na lei N. 14451 (Programa anti-pichação da prefeitura de São Paulo) inspirada em uma lei de Nova York que proibía a posse de tinta spray para menores de 21 anos. A diferença é que lá, a marca de roupas Ecko processou a prefeitura e a lei caiu. Aqui a história é outra.
A lei paulistana surgiu na verdade para coibir a pichação, mas conforme depoimento do secretário de subprefeituras de São Paulo, Andrea Matarazzo: "A prefeitura não sabe o valor do graffiti e nem suas variações". Aí fica difícil.
Muito se pensou também em consultar os grafiteiros sobre quais intervenções deveriam ser apagadas ou não, e alguns até se submeteram a discutir isso, mas o que a prefeitura não esperava é que a maioria iria ser contrária a essa parceria. A antiga admnistração da capital chegou a trabalhar intensamente com o graffiti, mas hoje em dia os frutos recolhidos desta regulamentação e a seguinte extinção do projeto não são dos melhores. Além do mais, a grande maioria dos escritores de graffiti, assim como este que vos fala, não vê diferença entre graffiti e pichação, a não ser a diferença estética. A história desse movimento artístico praticamente confunde estes dois estilos, um não existiria sem o outro. Além do que esse suposto "acordo" assassinaria por inteiro um dos princípios básicos do graffiti: ele nasceu nas ruas, e ilegalmente. Em minha opinião a função de um governante tolerável a ele seria conviver com todas as suas vertentes ou tentar abolir todas, que é o que vem acontecendo; acho inimaginável um meio termo para isso. Esse amparo legal é praticamente inviável e aí apareceram erros grotescos. Um gigantesco painel dos irmãos "Os Gêmeos", apagado na capital causou polêmica e foi refeito. Poucos sabem o reconhecimento mundial que estes artistas tem, e ainda menos pessoas imaginam que após vinte anos de carreira e tal reconhecimento, em sua primeira exposição no Brasil, realizada na galeria Fortes Villaça, simplesmente atingiram o posto de exposição particular mais visitada da história deste país. Feito considerável para artistas que se formaram em uma arte proibida. Literalmente proibida.
Faço desta divagação um protesto particular, e aos que se interessarem em maiores informações, a net está cheia delas...porém sua mais importante talvez não seja tão acessível, então aí vai:
Style Wars, 1982. Primeiro documentário de graffiti da história, com alguns artistas novos na época, que sem saber estavam construindo o mais forte movimento artístico dos últimos tempos...em eterna construção.

Rodrigo a.k.a. Snoj

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Remember





Lembre que a vida é curta
e temos que aproveitar

Lembre que o tempo passa
e não pára pra esperar

que o amor é delicado, se quebra,
é dificil recuperar.

Lembre que tudo tem que ser lembrado...
senão fica complicado


Remember. Esse é o tema da coleção de Inverno 2009 da Umen. Reviver o passado, os bons momentos, resgatar as melhores lembranças e transcrevê-las, em um clima intimista, para o dias atuais.

Atualmente vivemos em um cenário cada vez mais apocalíptico, grandes centros superpoluídos, economia mundial entrando em colapso, trânsito infernal, tudo isso faz com que surja a necessidade de um sentimento de segurança e conforto. É preciso trabalhar com o imaginário do consumidor trazendo à tona lembranças do passado, fazendo com que ele reviva os bons momentos de uma vida simples quando as pessoas eram mais próximas e o ar era puro.

Muitas épocas foram revisitadas nesta coleção, as lavagens com sobretinto no jeans como se ele estivesse sujo, remetem às calças dos cowboys americanos, assim como os xadrezes. Sim, xadrezes, eles continuam fortes, porém agora eles deixam de ser street e se tornam country. As camisas diferenciadas em listrados fio tinto clássicos, com pequenos detalhes de costura e recortes discretos são o toque de simplicidade elegante e moderna. O destaque vai para as camisas em cores fortes com gola branca e aplicações de bordados, uma referência à próspera década de 80, releitura um pouco mais descolada para os jovens da época, os chamados yuppies, solteiros, sem filhos de terno e gravata que trabalhavam incessantemente.



A cartela de cores para o Inverno 2009 vai desde os básicos branco e preto, tons de verde e muitos azuis, mas são os tons fortes de azul marinho, verde bandeira e vinho que vão dar vivacidade à coleção.

A coleção Remember estará disponível nas lojas da Umen a partir de 02 de março.

Ahh, a poesia introdutória é de autoria de Letícia Moro, 11 anos, minha filha!! to babando...hehe

Amanda

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Os cabeças...




Enfim nosso blog saiu e como não poderia deixar de ser, neste primeiro post vamos nos apresentar. Vamos lá, da direita pra esquerda...com vocês o cabeça das cabeças, Roberto Marchetti, o Beto, gerente de produto, Amanda Moro, a Campanita, estilista e Rodrigo Adami, o Snoj, designer. É assim...aqui tudo acontece, como por exemplo, ontem quando em um surto repentino, o Beto foi atacado pela síndrome de Picasso, como disse a Patrícia, gerente de produção, e resolveu parar tudo para reformar o setor. Sim, praticamente uma reforma completa. Ele e o Rodrigo passaram a tarde pintando as paredes da sala, acreditem. E hoje estamos aqui de sala nova, tudo bonitinho, só por isso postamos a foto, claro.
O intuito de estarmos aqui é manter um canal de comunicação e informação entre nós do desenvolvimento da Umen e todos vocês, clientes, funcionários, amigos, parceiros, enfim todos que queiram saber um pouquinho da nossa rotina e muito sobre moda, música, cinema, artes, grafitti (por conta do Snoj), tendências, enfim, falaremos de tudo por aqui, inclusive de lançamentos, promoções e todas as novidades da Umen.
Entre e fique a vontade, comente, palpite, critique...vá além!

Amanda